No momento em que o Brasil enfrenta um dos piores cenários da pandemia de Covid-19, com diversos estados relatando colapso no sistema de saúde, o país atingiu os 300 mil mortos pela doença nesta quarta-feira (24). De acordo com dados do Ministério da Saúde, 2.009 mortes decorrentes do novo coronavírus foram registradas nas últimas 24 horas e, com isso, o total chegou a 300.685.
Ainda de acordo com o balanço divulgado no final da tarde desta quarta-feira, mais 89.992 casos da doença foram registrados no país nas últimas 24 horas e, com isso, o total de infectados no país chegou a 12.220.011.
Primeira morte ocorreu há um ano.
Há pouco mais de um ano, em março de 2020, São Paulo registrava a primeira morte do país. Em abril, o número superior a mil óbitos era registrado em todo território. Os primeiros 100 mil foram apontados em agosto de 2020 e os 200 mil em janeiro deste ano.
De acordo com a Universidade Johns Hopkins, em números acumulados, o Brasil é o segundo país no ranking de óbitos e de casos, atrás apenas dos Estados Unidos. Os Estados Unidos registram, de acordo com a plataforma de monitoramento da universidade, 543.849 mortes e 29.923.370 casos da doença.
São Paulo é o estado brasileiro com a maior concentração de mortes e de casos, com 68.904 e 12.191.346, respectivamente. Minas Gerais vem na sequência, com 1.053.994 casos e 22.497 mortes.
Doença que mais matou em 2021 no Brasil
A Covid-19 é a doença que mais matou brasileiros neste ano. Um levantamento feito pela CNN com dados do Portal da Transparência de Registro Civil da Arpen (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais) mostrou que entre 1º de janeiro e 18 de março deste ano, a infecção pelo vírus foi a causa de 92 mil óbitos - o que corresponde a 28% do total das mortes no ano.
Somadas, as doenças respiratórias, como síndrome respiratório e pneumonias, representam 15% das mortes deste ano, enquanto infarto e doenças do coração corresponderam a 12% do total. AVC (acidente vascular cerebral) e doenças indeterminadas, 7%.
Todas as demais causas de morte - desde as naturais, como diabetes e câncer, até as não naturais, como acidentes de trânsito e homicídios -, somadas, representaram 29% do total.