"Esta infeliz matou meu filho. Meu filhinho deve ter sofrido muito". Foi assim que o engenheuro Leniel Borel de Almeida, pai do menino Henry Borel, reagiu a prisão da ex-mulher, Monique Medeiros, e do namorado dela, o vereador Dr. Jairinho, ocorrida na manhã desta quinta-feira (8).
Durante entevista a TV Globo, o engenheiro chegou a dizer que estava passando mal. Durante a madrugada, antes mesmo de saber das prisões, Leniel postou uma homenagem ao filho, que completa um mês de morto nesta quinta, e pediu "desculpas" por não ter conseguido protegê-lo.
“30 dias desde que te dei o último abraço. Nunca vou esquecer de cada minuto do nosso último final de semana juntos. Deixar você bem, cheio de vida, com todos os sonhos e vontades de uma criança inocente. Desculpa o papai por não ter feito mais, lutado mais e protegido você muito mais. Confiamos que Deus fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu juízo como o meio-dia”, disse o pai em uma rede social.
Segundo a polícia, o vereador Dr. Jairinho teria praticado pelo menos uma sessão de tortura contra Henry semanas antes da morte da criança. Ainda segundo as investigações, a mãe sabia de agressões. Jairinho teria se trancado no quarto para bater no menino.
O casal foi preso na manhã desta quinta-feira (8) por terem atrapalhado as investigações da morte da criança. Eles estavam na casa de parentes de Monique em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
'Injustiça'
Após ser preso, o vereador Dr. Jairinho disse na delegacia que tudo não passava de uma “injustiça”. O casal estava na casa de uma tia de Dr. Jairinho, em Bangu, no Rio de Janeiro, antes de serem levados para o distrito policial. A dupla era monitorada pela polícia há dois dias.
Os mandados de prisão temporária, de 30 dias, foram expedidos na quarta-feira (7), pelo 2º Tribunal do Júri da Capital.