No dia 31 de março é comemorado o Dia da Saúde e Nutrição, conforme definido pelo calendário oficial do Ministério da Saúde.
A data chama a atenção para a prática da boa alimentação e sugere uma reflexão sobre como são feitas as escolhas dos alimentos para as refeições diárias.
Se antes o foco desta data era com relação à alimentação equilibrada, variada e colorida, desde 2015, passou-se a dar mais importância para a comida baseada em alimentos in natura e um dos motivos, é que as pessoas passam muito tempo fora de casa e cada vez mais fazem suas alimentações na rua.
Diante das transformações sociais vivenciadas pela sociedade que impactam as condições de saúde e nutrição, o Ministério da Saúde publicou em 2014, a segunda edição do Guia Alimentar para a População Brasileira. Neste guia contém informações, princípios e recomendações para uma alimentação adequada e saudável.
E o que uma boa alimentação pode influenciar em nossa vida? Muitas coisas, principalmente a respeito do sistema imunológico. A ciência já provou que manter uma dieta equilibrada — rica em vitaminas e minerais, com ingestão adequada de frutas, legumes, verduras e fontes de proteína (carnes, ovos, leguminosas e laticínios) — é capaz de contribuir para o adequado funcionamento do sistema imune e melhorar, assim, nossas defesas contra vírus e bactérias no geral.
Pode-se destacar as vitamina A, C, D e E, algumas vitaminas do complexo B, ferro, magnésio, zinco, selênio e os ácidos graxos ômega-3. Alguns especialistas recomendam a inclusão de alimentos com essas substâncias no dia a dia para qualquer pessoa que queira ter uma vida mais saudável.
Uma alimentação variada é capaz de fornecer todos os grupos de nutrientes, trazendo benefícios a todas as células do corpo, incluindo as do sistema imune.
Para entender melhor essa relação, pode-se resumir que o desenvolvimento de doenças se deve ao ataque de micro-organismos (gripe, pneumonia…) ou a processos inflamatórios.
As proteínas, vitaminas e minerais são muito importantes: As proteínas funcionam como “tijolos” na construção celular, sendo essenciais para a formação de todas as células do corpo. Assim, fontes proteicas animais e vegetais devem ser consumidas regularmente.
A vitamina D, obtida pelo sol e de carnes, ovos e laticínios, por exemplo, auxilia o sistema imune porque participa da liberação de substâncias que combatem micro-organismos e da formação de novas células. Alguns estudos sugerem que a deficiência dessa vitamina está associada a quadros mais sérios de Covid.
Quem tem uma alimentação equilibrada garante um perfil de microbiota (micro-organismos que geralmente têm funções importantes na reciclagem dos nutrientes) mais harmônico. Quem, por outro lado, exagera em alimentos açucarados, gordurosos e ultraprocessados tende a alojar mais bactérias patogênicas (são aquelas que causam doenças ao seres humanos) no intestino. Tudo isso reforça a ideia de construir um cardápio balanceado, rico em fibras, vitaminas e minerais. A microbiota agradece e seu sistema imunológico sai fortalecido.