O golpe que ganhou notoriedade no início da pandemia de Covid-19, no qual criminosos se passavam por pesquisadores do Ministério da Saúde para coletar dados de vítimas e clonar o WhatsApp, voltou a aparecer. Aproveitando o retorno do assunto à pauta, com o crescimento dos casos da Covid-19 em todo o país e
o consequente aumento do interesse da população, estelionatários fingem
fazer uma pesquisa sobre o novo coronavírus enquanto tentam garantir
acesso a conversas privadas de seus alvos.
O
estelionato pode ocorrer tanto por ligação como diretamente pelo
WhatsApp. O criminoso entra em contato, pede para confirmar algumas
informações e, ao final, diz que a vítima receberá um SMS com um código
que deve ser informado para finalizar a pesquisa. Esses números, no
entanto, são a confirmação de que o dono da conta pretende trocar o
perfil para outro aparelho.
Apesar
de parecer elaborado, esse mesmo golpe vem sendo aplicado há algum
tempo pelo país, mas com diferentes roupagens. “No começo do ano era a
mesma coisa, mas com voucher de restaurante, agora também pode aparecer
como lista para a vacina, mas o modo de operação é sempre o mesmo”,
explica o coordenador de Repressão a Crimes contra o Consumidor, Ordem Tributária e Fraudes (Corf), da Polícia Civil do DF (PCDF), delegado Wisley Salomão.
Caso
o alvo do golpe acabe caindo na lábia do criminoso, há algumas
providências que precisam ser tomadas. “O estelionatário passa a ter
acesso a todas as conversas e grupos, e começa a pedir pagamentos ou
depósitos. O mais importante é avisar, nas redes sociais, que passou por
essa situação. Isso impede que amigos e familiares façam qualquer
transferência”, destaca Wisley Salomão.